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Premissas-Financeiras

7 Premissas Financeiras que não podem faltar no seu orçamento

A construção de um orçamento sólido começa com a definição de premissas financeiras claras e bem estruturadas. Para coordenadores e gerentes de FP&A, ter um checklist objetivo é essencial para reduzir retrabalho, aumentar a precisão das projeções e garantir alinhamento com a estratégia corporativa.

Este artigo apresenta as 7 premissas financeiras indispensáveis para qualquer ciclo orçamentário, com orientações práticas de como aplicá-las, quais métricas acompanhar e por que são fundamentais.

1. Premissas de Receita

  • Volume de vendas esperado.
  • Preço médio dos produtos ou serviços.
  • Projeção de novos contratos e churn de clientes.

Por que importa: a receita é o ponto de partida de qualquer orçamento, além disso, define o potencial de geração de caixa e orienta todos os demais blocos do planejamento.

Como fazer: basear projeções em histórico de vendas, pipeline comercial, tendências de mercado e benchmarks do setor.

Métricas a observar: ticket médio, taxa de conversão de vendas, churn, CAGR de receita, market share.

2. Premissas de Custos Variáveis

  • Custos de matérias-primas.
  • Custos logísticos e de distribuição.
  • Impactos cambiais.

Por que importa: influencia diretamente a margem de contribuição e a competitividade do negócio.

Como fazer: simular cenários de custo de insumos, negociar contratos de fornecimento e monitorar variação cambial.

Métricas a observar: % custo variável sobre receita, margem bruta, variação cambial acumulada, lead time logístico.

3. Premissas de Custos Fixos

  • Despesas administrativas.
  • Estrutura de pessoal.
  • Gastos com tecnologia e infraestrutura.

Por que importa: são compromissos recorrentes que impactam a previsibilidade do resultado.

Como fazer: mapear contratos de longo prazo, revisar headcount, estimar reajustes de salários e serviços.

Métricas a observar: % custos fixos sobre receita, headcount total, custo por colaborador, custo fixo médio mensal.

4. Premissas de Investimentos (CAPEX)

  • Novos projetos de expansão.
  • Renovação de equipamentos.
  • Investimentos em inovação.

Por que importa: garante o crescimento sustentável e conecta o orçamento ao plano estratégico de longo prazo.

Como fazer: priorizar projetos via análise de ROI, payback e alinhamento estratégico; revisar portfólio de investimentos.

Métricas a observar: CAPEX planejado vs. executado, ROI projetado, payback médio, % CAPEX sobre receita.

5. Premissas de Financiamento

  • Taxas de juros.
  • Linhas de crédito disponíveis.
  • Estrutura de capital.

Por que importa: afeta o custo de capital e a saúde financeira da companhia.

Como fazer: mapear endividamento atual, negociar linhas de crédito, simular impactos de cenários de juros.

Métricas a observar: custo médio da dívida, índice de alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA), cobertura de juros (EBITDA/Despesa Financeira).

6. Premissas Macroeconômicas

  • Inflação.
  • PIB.
  • Câmbio.
  • Cenário político-regulatório.

Por que importa: condiciona as variáveis internas ao ambiente externo e evita projeções irreais.

Como fazer: usar projeções oficiais de organismos econômicos, relatórios de bancos e consultorias.

Métricas a observar: IPCA, Selic, PIB anual, taxa de câmbio média, índices setoriais.

7. Premissas de Riscos e Contingências

  • Planos alternativos em caso de queda de receita.
  • Reservas de caixa.
  • Políticas de mitigação de riscos operacionais.

Por que importa: protege a empresa contra cenários adversos e garante resiliência do orçamento.

Como fazer: criar cenários de stress test, definir limites mínimos de caixa, estabelecer planos de contingência.

Métricas a observar: nível de caixa mínimo, índice de liquidez corrente, % orçamento destinado a contingências, impacto projetado de riscos críticos.

Como aplicar o checklist na prática

  1. Documente todas as premissas em um repositório acessível.
  2. Valide com as áreas responsáveis e a liderança financeira.
  3. Revise periodicamente diante de mudanças externas.
  4. Padronize a comunicação das premissas para toda a organização.

Conclusão

Seguir esse checklist de 7 premissas financeiras é fundamental para construir um orçamento confiável, reduzir retrabalho e aumentar a precisão das projeções. Para FP&A e controladoria, trata-se de um guia prático que fortalece o processo orçamentário e gera mais confiança para CFOs e demais stakeholders.

Na Handit, apoiamos empresas na implementação dessas práticas com metodologias e tecnologia que tornam a definição de premissas mais ágil, precisa e estratégica.

O que são premissas financeiras e por que são importantes?

São hipóteses e parâmetros usados para construir o orçamento. Garantem consistência, reduzem retrabalho e aumentam a precisão das projeções financeiras.


Quais são as principais premissas de receita?

Incluem volume de vendas, preço médio, novos contratos e churn. Elas definem o potencial de geração de caixa e orientam todo o planejamento.


Como lidar com custos variáveis e fixos no orçamento?

Custos variáveis dependem de insumos, logística e câmbio, impactando a margem. Já os fixos englobam despesas administrativas, pessoal e tecnologia, garantindo previsibilidade.


Por que considerar investimentos e financiamentos?

Investimentos (CAPEX) asseguram crescimento e inovação. Financiamentos definem custo de capital e estrutura da dívida, influenciando a saúde financeira.


Quais premissas externas devem ser observadas?

Fatores macroeconômicos como inflação, PIB, câmbio e cenário político. Eles alinham as projeções internas com a realidade do mercado.


Como preparar o orçamento para riscos e incertezas?

Criando cenários alternativos, definindo reservas de caixa e planos de contingência. Isso aumenta a resiliência frente a imprevistos.

Sobre o autor:
Gabriel Barbieri (in)
Co-Founder e Diretor de Negócios da Handit
Gabriel é Co-fundador e diretor de Negócios da Handit, com mais de 15 anos de experiência em tecnologia e nos últimos 10 anos têm trabalhado de perto com CFOs, Controllers e FP&As, ajudando-os a fazer essa transformação digital.

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