Uma das grandes dúvidas das empresas de médio e grande porte que chegam até nós, na Handit, é sobre as diferenças de fluxos de caixa. Por isso, hoje vamos detalhar um pouco mais esse tema.
Todos sabem que o fluxo de caixa é fundamental para a gestão empresarial. Trata-se de uma necessidade básica de qualquer empresa que preze pela boa gestão financeira, pois ao olhar somente para os valores de faturamento, o gestor da empresa corre o risco de tomar decisões equivocadas. Daí vem a importância de sempre analisar o fluxo de caixa como um todo e trabalhar com as melhores técnicas e estratégias que o mercado oferece. Entre os pormenores que merecem atenção, estão as diferenças entre os fluxos de caixa mensal e diário e direto e indireto.
Os dados de faturamento, por exemplo, se analisados de forma individual, podem não representar a realidade financeira da empresa de forma adequada. Para um uso de forma correta das informações é preciso saber para que cada um serve e quais os benefícios de cada método.
Abaixo, explicamos essas diferenças:
Fluxo de Caixa Diário (Operação)
O Fluxo de Caixa Diário, como o próprio nome sugere, permite que o gestor analise o sua movimentação financeira diariamente, controlando as entradas e saídas.
A grande vantagem deste modelo é o menor risco de erros, principalmente em empresas com grande fluxo de entradas e saídas de recursos, como supermercados, pois quando se tem muitas movimentações financeiras, deixar para fazer o fluxo de caixa em períodos maiores pode acarretar prejuízos. A análise diária ajuda na visualização do cenário completo do dia em relação a operação, e melhora a gestão como um todo.
Este tipo de fluxo de caixa é mais dinâmico, de acordo com o ciclo financeiro de cada empresa. As análises são mais operacionais e utilizadas, por exemplo, para antecipar recebíveis, traçar estratégias de aplicações financeiras ou tomar capital de giro.
Fluxo de Caixa Mensal (Orçamento)
Ajuda o gestor a tomar decisões de médio e longo prazo. Neste tipo de fluxo de caixa, analisamos os valores mensalmente, o que possibilita uma visão mais tática e estratégica, para analisarmos a viabilidade financeira ou eventual necessidade de alongamento de dívidas.
Com esta ferramenta, também podemos antecipar o impacto de premissas macroeconômicas, com base na previsão de variação do câmbio ou da inflação, e os impactos que podemos ter em médio ou longo prazo. Trata-se de uma análise mais estratégica de todo o orçamento, que auxilia o gestor a tomar decisões pensando no próximo período orçamentário.
Fluxo de Caixa Direto Orçado
No Fluxo de Caixa Direto é necessário primeiro termos o orçamento dos valores pelo regime de competência, para então começar a projetar, com base nas premissas de recebimento e pagamento, o fluxo de caixa. Ele mostra de forma mais clara o desempenho financeiro da empresa. Para que possamos fazer a nossa projeção mensal, partimos do saldo inicial do último mês realizado, aplicamos as movimentações de entradas e saídas, com base nas premissas de pagamento e recebimento, chegando assim ao saldo final. Assim, construímos o nosso fluxo de caixa orçado. Estes saldos finais também nos dão subsídios para a construção do balanço patrimonial.
Fluxo de Caixa Indireto Orçado
Para utilizarmos o método do Fluxo de Caixa Indireto precisamos, primeiramente, concluir o balanço patrimonial porque é através dele que iremos construir o nosso modelo indireto dos saldos finais e iniciais, e não com base nos movimentos. Neste caso, para a constituição dos saldos das contas de ativo e passivo, podemos nos basear em algumas premissas, de contas mais estratégicas, tal como os estoques, aplicando premissas de dias de estoque, como também contas a pagar e contas a receber aplicando premissas dias de recebimento. Neste modelo indireto, o caixa, normalmente acaba sendo uma conta de chegada, porém, isto não é regra, depende muito do nível de controle de cada organização.
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Fernando Moyses
CEO da Handit e especialista em planejamento orçamentário com dezenas de projetos e mais de 15 anos de experiência na área da tecnologia.
Ricardo Maiola
Consultor de implantação e especialista em planejamento orçamentário com dezenas de implantações realizadas e mais de 15 anos de experiência na área da tecnologia.