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Orçamento anual ou orçamento contínuo? Entenda como os dois modelos funcionam

O planejamento orçamentário é uma das partes mais importantes da gestão econômica e financeira de uma empresa, principalmente quando se fala em organizações de médio a grande porte. Ele é necessário para garantir a estabilidade da organização, de acordo com o que foi planejado, e assim contribui para estabelecer metas, novos investimentos, corte de gastos desnecessários e outras ações necessárias para criar uma boa gestão financeira. 

Um modelo muito usado pelas empresas de grande porte é o planejamento orçamentário anual. Nesse método, a empresa reúne principalmente a equipe de gestão financeira e também os demais gestores para  uma avaliação do último ano. As análises das movimentações econômicas e financeiras do ano atual vão ajudar a criar um plano para o próximo ano. 

Porém, um modelo que vem ganhando popularidade em algumas empresas é o “rolling forecast” em tradução livre, previsão contínua ou projeção contínua, também conhecido como orçamento contínuo. Nesse formato, a empresa desenvolve uma metodologia para cobrir as finanças pelos próximos 12, 15, 18 meses (ou conforme cultura da organização). No final de cada mês, uma nova avaliação do orçamento é realizada e, quando concluída, um novo mês é adicionado à projeção financeira, mantendo sempre um período de orçamento à frente.

Prós e contras

Apesar de terem a mesma finalidade – ajudar a organizar e controlar os gastos e lucros empresariais -, esses dois modelos de orçamento operam de forma diferente e se adaptam melhor em diferentes formatos empresariais.  

Para escolher o plano ideal, é preciso comparar as vantagens e desvantagens de cada modelo. Cada formato tem suas próprias características, que vão suprir melhor – ou não – as necessidades de uma empresa. Entre as particularidades de cada modelo, estão:

Orçamento Anual

  • Planejamento: tem um planejamento fixo para um ano fiscal;
  • Flexibilidade: menos flexível e pode ser difícil de adaptar de forma ágil para lidar com mudanças no mercado ou circunstâncias internas;
  • Precisão e Confiabilidade: foco na precisão e detalhamento, já que abrange o ano todo;
  • Envolvimento e Recursos: requer tempo e esforço para a criação de um novo plano;
  • Tomada de decisão: mais útil para tomadas de decisões de curto prazo;
  • Estratégia para gestão econômica e financeira: apropriado quando a empresa precisa fazer revisões estáveis e precisa de um plano bem definido;
  • Complexidade: pode ser mais complexo pois abrange o ano todo.

Rolling Forecast

  • Planejamento: planejamento contínuo, com atualizações frequentes;
  • Flexibilidade: maior flexibilidade, dando oportunidade de ajustes e respostas rápidas a mudanças bruscas;
  • Precisão e Confiabilidade: atualizações frequentes com possibilidade de mudança nas projeções;
  • Envolvimento e Recursos: requer menos esforço inicial, mas precisa de recursos para manter as atualizações;
  • Tomada de decisão: útil para decisões à longo prazo;
  • Estratégia para gestão econômica e financeira: apropriado quando a empresa trabalha em um ambiente dinâmico e precisa de flexibilidade e adaptabilidade;
  • Complexidade: se concentra em ajustar previsões existentes.

A escolha do modelo adequado para uma empresa vai variar muito do que cada formato de plano orçamentário oferece – tanto em vantagens quanto desvantagens – e como ele vai contribuir para as necessidades que a empresa precisa naquele momento.

Gabriel Barbieri
Diretor de negócios na Handit Sistema.

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