Chegamos ao último post sobre os tipos de orçamento que as empresas podem elaborar. Nos posts anteriores falamos sobre o conceito de orçamento empresarial e apresentamos duas metodologias diferentes: os orçamentos Base Histórico e Base Zero. Hoje, o foco é o Orçamento Matricial que, assim como os outros, é uma metodologia para planejamento e controle orçamentário. Neste caso, a ideia é gerir as despesas e as receitas, cruzando linhas e colunas, como se fosse uma matriz.
Nesta metodologia adotam-se os nomes “entidades” e “pacotes”. As entidades são as subdivisões da empresa, que podem ser centros de custos ou departamentos. Os pacotes são conjuntos de receitas e despesas que têm a mesma natureza, por exemplo, despesas de viagens – todos os custos gerados por viagens serão computados neste pacote.
Para a implementação, é necessário detalhar os gastos e agrupá-los por semelhança em pacotes. Em seguida, precisam ser definidas as entidades, que podem ser, por exemplo, departamento de Marketing, Recursos Humanos, entre outros. O próximo passo é definir um responsável por cada pacote e um por entidade.
O responsável pelo pacote precisa conhecer a natureza dos gastos, definir parâmetros, índices de desempenho e identificar possíveis erros. O de entidade precisa elaborar a previsão de gastos. Na construção do orçamento, os pacotes e entidades são cruzados e por isso os dois responsáveis sempre trabalham em conjunto.
Vantagens e Desvantagens
Entre as vantagens deste tipo de orçamento, está o conhecimento detalhado e o compartilhamento do controle dos gastos, além da melhor utilização dos recursos. Também é possível comparar as despesas e as receitas de áreas diferentes. Um ponto importante são as melhorias contínuas no processo de gestão dos recursos.
Entre as desvantagens está o complexo processo do levantamento das métricas. Os colaboradores e gestores também precisam se adaptar à nova cultura da empresa. E por fim, também é um processo demorado de elaboração.
Gabriel Barbieri
Diretor de negócios na Handit Sistema.