Como falamos no post anterior, existem várias formas de se fazer um orçamento. Cada um tem uma metodologia diferente, com suas respectivas vantagens e desvantagens. Um dos tipos é Orçamento Base Zero (OBZ).
Neste tipo de orçamento, cada área da empresa detalha os próprios gastos e orça individualmente cada centro de custo a partir do zero. Ou seja, são desconsideradas as receitas, custos, despesas e investimentos de exercícios anteriores.
Entre as vantagens do OBZ, está a fácil identificação de gastos desnecessários. Como o orçamento é iniciado do zero, o gestor é obrigado a analisar cada custo e despesa detalhadamente. O que é desnecessário é eliminado, liberando recursos para investir em outras áreas.
Os gestores conseguem ter outra compreensão da visão estratégica da empresa, sendo necessário entender os planos sob um ponto de vista “macro” e assim criar planos departamentais e identificar os recursos. Os gestores se tornam mais motivados, afinal detém uma maior autonomia e responsabilidade nas tomadas de decisões.
Entre as desvantagens, está o tempo que leva para a elaboração do orçamento. Como é necessária uma visão holística da empresa, é preciso dispor de um tempo maior de dedicação na elaboração do documento. Além disso, o processo demanda o envolvimento de todos os gestores, que precisam avaliar e justificar cada item do orçamento. Também, em alguns casos, é necessário que os gestores recebam um treinamento específico.
O Orçamento Base Zero é utilizado por empresas que estão começando ou por aquelas que desejam cortar custos. Ele também pode ser utilizado para definir investimentos específicos, e o ideal seria realizar um OBZ a cada três ou cinco ciclos orçamentários.
Gabriel Barbieri
Diretor de negócios na Handit Sistema.