Você acredita que é possível integrar setores diferentes de uma empresa? Cada vez mais as organizações adotam Controladoria como umbusiness partner relevante no apoio ao processo de tomada de decisões e de planejamento estratégico de suas ações. Por sua vez, os gestores de Controladoria possuem o desafio de implantar uma área de Finanças com um olhar mais voltado aos negócios, para apoiar estrategicamente os businesspartners.
A controladoria demanda conhecimento multidisciplinar, como explica Felipe Vasconcellos, mestre em Ciências Contábeis: “Usamos muita matemática financeira, temos uma grande carga de Exatas, mas, por outro lado, também exige um conhecimento humano elevado, especialmente em pessoas. A área de FP&A (Planejamento e Análise Financeira) ou de Controladoria, lida com pessoas, sejam os gestores das outras áreas da companhia, sejam as pessoas da equipe ou os órgãos de Governança. Você precisa entender bem de pessoas, comportamentos humanos, de comunicação, de negociação”. E complementa, “a intersecção entre as áreas do conhecimento se torna fluida nos dias de hoje, e não é possível mais fugir disto”.
É possível perceber que a formação acadêmica não limita mais o profissional a ocupar nenhuma posição nas empresas, salvo aquelas que são especificamente técnicas e demandam um registro profissional. Os resultados que cada departamento entrega são produzidos por pessoas, então cada vez as habilidades com pessoas têm gerado diferença. Quando você tem uma formação que ajuda a lidar melhor com as pessoas no contexto em que você está inserido, isso potencializa a sua resposta.
Gabriel Barbieri, diretor de Negócios da Handit, compartilha que já conheceu empresas onde a migração setorial do funcionário não estava ligada diretamente a sua formação. “Eu já vi empresas onde a pessoa responsável por FP&A veio de carreira de RH (Recursos Humanos), com toda base da área e, de repente, foi pra área de FP&A. Quando enxergamos esta estrutura, deixamos de falar um pouco de escada. O natural de uma pessoa que veio de uma base de RH é que ela fosse crescendo em uma base da área. Porém, com esse sistema, foi possível que ela migrasse para uma área de FP&A, que é voltada à análise financeira”.
O destaque virá por meio do enfoque que a empresa, através de seus gestores e de sua cultura, deseja para o departamento. E, para tornar a diversidade e a multidisciplinaridade presentes e reais, o caminho é a inclusão, que está muito ligada ao esforço do líder para incluir uma nova pessoa. Vasconcellos declara que as pessoas precisam se sentir parte do contexto. “Elas precisam de voz, de espaço, de respeito”.
Algumas formas de tornar a inclusão realidade dentro de uma empresa, é realizando atividades de integração, sejam elas team building, reuniões, ou oficinas. É necessário que haja sempre um mecanismo para integrar essas diversidades, incluindo-as no dia a dia.
É preciso destacar que a comunicação é um ponto muito importante nesse momento: alinhar expectativa, conversar, conhecer e acolher. O líder também precisa saber que cada um tem seu tempo. Não será na primeira reunião de equipe que as pessoas se sentirão confortáveis, mas, sim ao longo de muito trabalho e esforço das de todas as partes envolvidas.
Assista o trecho do vídeo da conversa entre o Felipe de Vasconcellos e Gabriel Barbieri:
Ainda não leu a primeira parte desse bate-papo? Clique aqui e leia.
Gabriel Barbieri
Diretor de negócios na Handit Sistema.
Felipe Cortes de Vasconcellos
Profissional com 12 anos de experiência, nas áreas de: controladoria, contabilidade, auditoria independente e em fundos de pensão. Head de controladoria na Connvert. Mestre em ciências contábeis. Entusiasta e apaixonado por Liderança e Carreira. Instagram: @felipedevasconcellos.